O Projeto Prediction and Research Moored Array in Tropical Atlantic – PIRATA é uma rede de observação in situ composta por boias fundeadas planejadas para monitorar uma série de variáveis dos processos de interação oceano-atmosfera no oceano Atlântico tropical.
A motivação principal do PIRATA baseou-se em aspectos científicos e no anseio da sociedade por uma melhoria na compreensão e previsão da variabilidade climática no Atlântico Tropical e seus impactos nos continentes e países adjacentes.
O monitoramento permite a avaliação do impacto dos oceanos nas variações climáticas sobre o Brasil; a manutenção de um sistema contínuo de observação dos oceanos; e o desenvolvimento tecnológico e a inovação para o enfrentamento dos efeitos da mudança climática.
O projeto PIRATA é um programa de cooperação multinacional entre Brasil, França e Estados Unidos. Estes três países dividem as tarefas de desenvolvimento e manutenção da rede. Todas as boias fundeadas durante a parte piloto do estudo foram construídas pelo Pacific Marine Enviromnental Laboratory (PMEL) da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). Atualmente a rede se baseia em um conjunto de 21 boias.
O Brasil é responsável pela manutenção do lado ocidental da rede, incluindo 5 fundeios do arranjo principal e 3 fundeios da extensão Sudoeste. A responsabilidade dos 3 países membros inclui o preparo, calibração, reparo e substituição dos equipamentos no caso de avaria ou perda.
O PIRATA é reconhecido e endossado pelos programas de clima e de observação internacionais CLIVAR-WRCP, OOCP e GOOS.
No Brasil, as instituições responsáveis pela manutenção das boias do Projeto PIRATA são a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em atividades relacionadas aos cruzeiros marítimos. O INPE também é responsável pelas atividades terrestres (transporte, importação e exportação de equipamentos) e pela análise dos dados.